Na manhã desta sexta-feira (08), em reunião com representantes da CEEE Equatorial e do Ministério Público, o Procurador Jurídico do Município, Enio Fernandez Júnior, voltou a cobrar uma resposta a respeito da precária situação dos postes de iluminação pública de Rio Grande. No encontro, estavam presentes o gerente jurídico da empresa e o engenheiro responsável pela manutenção das redes, que se comprometeram em encaminhar a troca.
“Estamos enviando para a CEEE a listagem dos postes em mau estado e eles nos garantiram que irão providenciar a resolução de maneira urgente. Assim poderemos dar encaminhamento a essa solicitação sem necessidade de uma demanda judicial”, informou o procurador.
Relatório da Defesa Civil e reclamações dos moradores
Um levantamento da Defesa Civil de Rio Grande apontou que 182 postes de iluminação estão em más condições no município. Alguns deles estão em estado bastante precário e apresentam risco de queda. A informação já foi repassada por diversas vezes para a CEEE Equatorial, que até então não havia informado quando faria as substituições.
Conforme dados da Defesa Civil, o acompanhamento das estruturas tem sido feito desde o início do ano passado. Todos os postes deteriorados já têm pedidos registrados junto à CEEE para a troca, encaminhados, inclusive, com fotos que evidenciam as más condições e o risco de queda.
De acordo com o ordenador da Defesa Civil, Rudimar Machado, já foram registradas ao menos 40 reclamações por parte da comunidade, referentes a diferentes regiões. “Esses postes podem cair. A gente foi nos locais, fizemos o registro, um relatório detalhado e mandamos para a CEEE. Recebemos várias reclamações, mas não depende da Prefeitura, isso é uma responsabilidade da CEEE”, ressalta.
Na rua 11, no Bairro Getúlio Vargas, são pelo menos cinco postes de madeiras deteriorados que precisam ser substituídos. Eles apresentam grandes rachaduras e partes apodrecidas, principalmente na base que fica junto ao chão. Ademir Ramos, morador do local desde a infância, apresentou reclamações para a Defesa Civil. Ele teme que as estruturas possam cair e atingir as casas. “Tem muitas famílias que moram aqui. É uma tragédia anunciada, uma hora vai cair”, afirma.
Ele também conta que equipes da CEEE já estiveram no local e até chegaram a iniciar o desligamento dos fios para a troca de um dos postes, mas acabaram não realizando a substituição. Além disso, deixaram alguns equipamentos soltos na fiação. “Eles estiveram aqui no dia 18 de março com o caminhão, subiram no poste e começaram a baixar os fios. Depois desistiram, deixaram várias caixas penduradas. Aqui na frente tem uma garagem coletiva e essas caixas podem cair na cabeça de alguém”, comentou.
A opinião é compartilhada pela comerciante Solenir Silveira, que reside na mesma rua, há mais de 40 anos. Sua casa e seu estabelecimento comercial ficam bem em frente a um dos postes em pior estado. “Nós fizemos a reclamação para a Defesa Civil, que veio até aqui verificar. O poste está podre embaixo e parece que está sustentado pela fiação. A gente tem medo que caia para nossa casa”, diz.
Assessoria de Comunicação-PMRG