Já está em exibição no Museu Oceanográfico Prof. Eliezer de Carvalho Rios o esqueleto do leão-marinho Ipirelo. O animal viveu durante 27 anos em um tanque na área externa do museu, onde faleceu em março de 2020, devido à idade avançada.
Ipirelo havia sido encontrado em 1993, jovem e debilitado, em um canal da Refinaria Ipiranga. Na época, foi levado para reabilitação no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram-FURG). Após o tratamento e tentativas sem sucesso de liberação do animal ao seu habitat, o animal permaneceu aos cuidados do Museu Oceanográfico até sua morte em 2020.
O processo de preparação e montagem osteológica iniciou no momento do óbito do animal e pôde ser concluído na última sexta-feira, 23. A preparação do esqueleto foi realizada em parceria com o Laboratório de Ecologia da Megafauna (Ecomega/FURG). O técnico do Cram-FURG, Marco Gaya, foi o responsável pela montagem da estrutura óssea, que possui comprimento de quase 2m.
O leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens) pode medir 2,60m de comprimento e pesar até 350kg. Ganhou esse nome devido à juba de pelos que o macho apresenta ao redor do pescoço. É a única espécie de leão-marinho que ocorre na região Sul do Brasil, sendo predominante nas colônias do Refúgio da Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, na cidade de Torres, e no Molhe Leste em São José do Norte. Sua dieta é baseada em peixes, crustáceos, polvos e lulas.
Assessoria - FURG