Projeto Irriga Rio Grande promete expandir agronegócio e aumentar o PIB
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Publicado em 18/10/2022

O projeto Irriga Rio Grande, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Pesca, Agricultura e Cooperativismo (SMPAC), consiste em um plano de abastecimento de água na área rural do município e a irrigação de 18 mil hectares no 4º e 5º distrito de Rio Grande. O prefeito Fábio Branco afirma que este projeto busca desenvolver o setor primário através da qualificação deste setor, condicionando a profissionalização gradativa e assim, irrigando 18 mil hectares de área. “Apostamos neste projeto, porque ele traz ao município uma oportunidade de aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em cima do agronegócio, expandindo as áreas de cultivo e aumentando o número de produção”, relata Fábio.

De acordo com a engenheira agrônoma da SMPAC, Liamara Thurow, o funcionamento do projeto se dará pelo Canal Adutor de Rio Grande (que retira a água do Canal São Gonçalo e leva até a estação de tratamento da água), que captará a água na estrada da Palma e a conduzirá por tubulações que passarão em frente às propriedades, sendo decisão de cada produtor utilizar a água ou não.
“A ideia do projeto surgiu após o município decretar estado de emergência no dia 14 de janeiro deste ano, a fim de evitar perdas significativas em anos de La Niña (diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, gerando uma série de mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura).
A cada oito anos o município perde um ano inteiro de rendimentos devido à seca. Além disso, Rio Grande é o único município de todo o estado que tem água disponível para utilizar como abastecimento e irrigação, pois conta com a inesgotável Lagoa Mirim e com o Canal São Gonçalo, que são fontes de água doce, abundante, de qualidade e disponível para uso”, afirma Liamara.

A engenheira relata que, inicialmente, o projeto foi dividido em quatro perímetros de atuação baseados nos requisitos de proximidade ao Canal Adutor, da carência em disponibilidade de água, da maior diversidade de cultivos e da concentração de produtores da bacia leiteira do município. Em seguida, foram mobilizadas equipes técnicas da SMPAC, Emater e Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) para realizar um levantamento de necessidades hídricas das culturas (arroz, soja, milho e olerícolas), criação de animais (bovinos de leite, bovinos de corte, aves, suínos e peixes), instalações de frigoríficos (bovinos, suínos e aves) e a termoelétrica.

Com estes dados, foi realizado um cálculo da necessidade hídrica diária em cada mês do ano para identificar em qual deles havia maior demanda, para então dimensionar o tamanho do projeto. O Canal Adutor, na Estrada da Palma, vai captar a água e abastecer o Corredor do Belendengue (entre o Km 10 e 11 da BR-471). Em sua margem esquerda, a captação de água vai abastecer a área da Palma, do Povo Novo até o Capão Seco.

O projeto busca triplicar a área de arroz nos perímetros definidos, quadruplicar a área da soja, triplicar a produção leiteira e de milho. Além disso, prevê a diversificação das propriedades com a instalação de tanques de piscicultura, pomares de fruticultura, instalações de aviários, agroindústrias, utilizar a integração lavoura-pecuária-floresta e realizar a terminação de 21 mil cabeças de gado a cada 90 dias. “Este é um projeto visionário e de extrema importância, pois já estamos considerando as demandas esperadas no futuro para um melhor dimensionamento do projeto”, declara a engenheira agrônoma.

Assessoria --- PMRG

 

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