O Comitê Gestor Municipal de Urgências e Emergências do município do Rio Grande esteve reunido essa semana quando começou a discutir a atualização do Plano de Ação Municipal de Atenção às Urgências. Finalizado em 2020, o documento tinha como objetivo “estabelecer a organização das ações e serviços de Saúde para funcionar de forma harmônica e integrada, considerando as necessidades epidemiológicas da população e as condições sociodemográficas do município”. Agora, após mais de dois anos de sua elaboração e passados um pouco mais de três anos do começo da pandemia da Covid-19, atualizações são necessárias, conforme discutiram os integrantes do Comitê que estiveram reunidos a pedido da Secretaria da Saúde (SMS), na sede da própria Secretaria.
Com a pandemia da Covid-19 decretada em 2020, houve a reativação do Comitê Gestor e a finalização da primeira versão do Plano Municipal. “Hoje, já estamos num período menos grave da pandemia e há uma reestruturação que deve ser feita no Plano”, lembra a superintendente da Média e Alta Complexidade da SMS, Simone Gonçalves ao considerar diversos aspectos. Um deles são as informações mais recentes do Censo Demográfico, finalizado em abril desse ano, que trará mudanças em alguns indicadores em relação ao Censo 2010 – uma das bases do plano atual – e como consequência a necessidade de mais eficiência no atendimento em casos de urgências e emergências.
Outras estruturas foram acrescentadas à rede de Saúde do município, nos últimos anos, como duas UPAS e devem ser levadas em consideração pelos integrantes do Comitê ao pensarem nas mudanças que o Plano deve sofrer para atendimento de situações de urgências e emergências.
Participaram da reunião representantes da rede hospitalar municipal, as polícias Rodoviária Federal, Civil e o Corpo de Bombeiros Militar. “São instituições públicas que integram o Comitê e podem atuar em uma possível situação de agravamento no município”, ressalta a superintendente. Ela coordenou a reunião e disse que o município deve estar sempre preparado para enfrentar situações adversas ou algum tipo de ocorrência de grande vulto, como por exemplo, o incêndio na Penitenciária Estadual de Rio Grande (PERG), que mobilizou diversas instituições públicas.
Para Simone, é necessário que as pessoas de todas as localidades saibam quem acionar no caso de qualquer situação emergencial. “Muitas vezes”, explica, “dependendo do acidente não basta só acionar o SAMU. Tem que ser acionada a PRF, o Corpo de Bombeiros e, se há vítimas, a Polícia Civil.” A proposta é fazer essas atualizações e orientações no Plano, a fim de facilitar a logística em qualquer tipo de atendimento e o gerenciamento de todos os eventos adversos.
Uma nova reunião do Comitê vai ocorrer em julho, quando devem ser apresentadas sugestões de todos os integrantes para alterar o Plano Municipal.
Assessoria --PMRG