Encerrando a programação de palestras da sexta-feira (18) aconteceu o Painel “Orla gastronômica e cultural de Rio Grande”. Mediada pelo Gerente de Planejamento da Portos RS, Fernando Estima, a mesa de discussão contou com a presença do empresário idealizador do Cais Embarcadero (localizado no Cais Mauá em Porto Alegre), Eugênio Corrêa, e dos arquitetos responsáveis pelo projeto de revitalização do Porto Histórico da cidade do Rio Grande, Raul Macadar e Márcio Lontra.
O Painel teve início com uma fala do Gerente da Portos RS apontando as potencialidades da cidade do Rio Grande quanto ao turismo no Centro Histórico e a possibilidade da exploração cultural e econômica dos pavilhões e do cais do Porto Histórico. Estima apontou para a necessidade de um trabalho conjunto entre Poder Público e iniciativa privada para a efetivação de novos usos para os armazéns e sua consequente conservação. “Não existe saída para a preservação do patrimônio e da cultura se não juntarmos os esforços de empreendedores e do Poder Público”, afirmou.
Logo em seguida aconteceu a apresentação da proposta de revitalização do Porto Histórico por meio do projeto arquitetônico idealizado pelos arquitetos Raul Macadar e Márcio Lontra. A proposta data da década passada e vem sofrendo adequações conforme o andamento das obras e o surgimento de novas necessidades. Uma das adequações realizadas no projeto foi a valorização do Cais de Pedra, datado do século XIX e recentemente redescoberto durante as obras de requalificação da Rua Riachuelo. A proposta atual é de criar uma passarela em material translúcido que mantenha o Cais de Pedra exposto ao público e protegido do clima ao mesmo tempo, valorizando-o como monumento histórico.
A terceira exposição do Painel foi realizada pelo empresário Eugênio Corrêa que apresentou o case comercial do Cais Embarcadero, apontando similaridades entre os projetos e as potencialidades do Porto rio-grandino para que seus pavilhões recebam empreendimentos gastronômicos e culturais. Eugênio salientou que é necessário que haja uma adaptação ao mercado local, aproveitando suas particularidades para fomentar o turismo, mas sem esquecer de atender as necessidades da população local. O empresário cita o ramo gastronômico como ponto a ser explorado focando em operações que trabalhem com frutos do mar e pescados, porém diversificando aquilo que será oferecido abrindo espaço para culinária internacional e redes de fast-food buscando atrair públicos diversos.
Ponto comum nas falas é a necessidade da união de esforços entre o Poder Público e a iniciativa privada para que o projeto tenha êxito. Para Fernando Estima, “é papel do poder público fomentar a estrutura para estes investimentos/empreendimentos” e, continua ele, “isto é o que estamos enxergando na gestão atual do executivo”. Sobre a discussão desta revitalização dentro da Semana do Patrimônio, Eugênio salientou que, “é com esse tipo de iniciativa que se dá passos práticos para a preservação do patrimônio e para a atração e concretização de novos investimentos”.
O Projeto de Revitalização do Porto Histórico foi dividido em três etapas. A primeira, já entregue, contemplou a revitalização do Rincão da Cebola e sua orla com a colocação de mobiliário urbano e a criação de espaços de lazer para a comunidade. A segunda etapa, já realizada em partes, contempla a reforma do Mercado Público, do Largo Barbosa Coelho e a criação de um novo largo em local atualmente ocupado pela estrutura de um posto de combustíveis junto da Hidroviária. A terceira parte, já com obras iniciadas, contempla reformas na Rua Riachuelo e nos pavilhões do Porto Histórico, transformando-os em espaços de convivência e culturais, com museus, salas de conferência, anfiteatro e locais para a instalação de operações
Assessoria --- PMRG