Jeropiga: agroindústria apresenta produção rio-grandina na maior feira do Rio Grande do Sul
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Publicado em 18/09/2023

Uma tradição de longa data da Ilha dos Marinheiros marcou presença na Expointer deste ano, realizada em Esteio. Considerada patrimônio cultural de Rio Grande, a Jeropiga é uma bebida de raízes portuguesas produzida pela Agroindústria Familiar Costa Dias, de marca registrada Tradição da Ilha, empresa que pela segunda vez esteve na feira para apresentar esse e outros produtos ao público gaúcho. 

 

Ganhando novos mercados, a bebida que é símbolo de Rio Grande hoje já tem apreciadores de diferentes regiões do estado. Durante os nove dias da feira, mais de 500 garrafas de Jeropiga foram comercializadas, muitas adquiridas por interessados que conheceram o produto na edição anterior e que voltaram a procurar a empresa na Expointer deste ano. 

 

“ O primeiro ano foi muito bom de vendas, quando apresentamos o produto, já que sendo aqui da nossa região muitas pessoas não conheciam. Então demos degustação e tivemos uma aceitação muito boa. Neste ano novamente apresentamos e já tivemos uma procura, reflexo da primeira edição, com pessoas que nos procuraram e disseram que tinham comprado no ano passado e agora estavam voltando”, conta Gabriel Dias, de 28 anos, que compõe a 6ª geração de produtores da Jeropiga. 

 

Atualmente, ele e seus pais, Rosângela e Hermes Dias, ambos com 57 anos, são responsáveis por levar adiante esta tradição familiar centenária. De acordo com a família, existem documentos que remetem um histórico de produção na Ilha dos Marinheiros desde a década de 1830, quando chegaram as primeiras uvas à localidade, trazidas pelos portugueses. Outros registros já apontam a presença da família na produção de vinhos e Jeropiga em 1912, que eram destinados ao Rio de Janeiro. 

 

“ Por ser um produto local da nossa região, poucas pessoas conhecem, mas o público se interessou por ver que a gente apresentava uma história. Eu mesmo sou da 6ª geração, trabalhando com meus pais, e isso agregava muito, criava um vínculo com as pessoas, o que era bom e elas valorizam. A Expointer nos permite levar essa história à frente, faz com que a gente consiga crescer nossa produção, nossos investimentos, porque esse retorno é muito bom”, conta. 

A empresa se mantém na região metropolitana, onde agora participa do Acampamento Farroupilha de Porto Alegre. De acordo com Gabriel, apesar dos vários dias de chuva, clima que causou uma redução de público, a experiência tem sido positiva. “ Muita gente ainda não conhece nossos produtos, mas com a degustação a gente aproveita para conversar e contar nossa história. Então, dentro do possível, está sendo bom”, avalia.

ASSESSORIA -- PMRG

 

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