Campanha sobre saúde dos rins reforça serviços do SUS para exames e tratamento
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Publicado em 15/03/2024

“Saúde dos rins (& exame de creatinina) para todos: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento”. Este é o tema da campanha do Dia Mundial do Rim, uma iniciativa que acontece no Brasil desde 2006, toda segunda quinta-feira de março (dia 14 neste ano), com o objetivo de alertar sobre a importância dos rins para a saúde geral e sobre a medidas preventivas para manter estes órgãos saudáveis, estimulando o diagnóstico precoce e a adoção de hábitos alimentares e físicos adequados. Essas medidas beneficiam indivíduos, comunidades e o sistema de saúde como um todo.

A campanha no Brasil é coordenada pela Sociedade Brasileia de Nefrologia e o tema deste ano tem como meta reforçar a busca por uma política de saúde inclusive com acesso ao diagnóstico e tratamento. Representantes de hospitais universitários vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) reforçam o papel do Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece desde exames iniciais até as opções de tratamento para pacientes com Doença Renal Crônica (DRC), como a hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal, passando pelo tratamento conservador e acompanhamento ambulatorial.

A campanha do Dia Mundial do Rim tem como objetivo contribuir para aumentar o alerta a respeito da DRC - já que pode ser prevenida e as formas de tratamento ainda são complexas e caras e, por isso, é preciso evitar a evolução da doença - além de promover o tratamento adequado para pacientes que têm fatores de risco (como diabetes e hipertensão), estimular hábitos saudáveis e orientar sobre a necessidade de exames periódicos, principalmente de creatinina.

Trata-se de um exame de sangue comum feito na rede pública, usado para triagem de doença renal, em que a creatinina aumenta quando há lesão nos rins. A creatinina é um composto originado da creatina e que é filtrado e eliminado pelos rins. Então, medir as taxas dessa substância no sangue é uma maneira de avaliar a saúde renal de um paciente.

A DRC acomete 10% da população, o que representa 20 milhões de pessoas no Brasil, sendo que em geral os casos são diagnosticados nas fases mais avançadas da doença, quando os sintomas costumam aparecer e, no momento do diagnóstico, muitos pacientes já precisam da terapia renal substituta, como a diálise.

A doença renal também aumenta o risco cardiovascular dos pacientes, levando a uma série de complicações como o infarto, AVC e óbito. Daí a importância do diagnóstico precoce e a instituição de medidas para retardar a progressão da doença.

Para o médico Nefrologista do HU-FURG, Fábio Emmendoerfer Mello “uma das formas de detecção precoce é a dosagem da creatinina, disponível no SUS há muito tempo, que embora não seja solicitado com frequência é fundamental o diagnóstico precoce da uma doença renal. O valor normal de creatinina pode variar de 0,6 a 1,3mg/dL. Este exame por si só não é um marcador de função renal, mas através dele podemos calcular de forma indireta a filtração dos rins. Em determinadas situações é necessário também avaliar a taxa de filtração glomerular por meio de um exame de coleta de urina durante 24h. É importante também destacar que o controle dos fatores de risco às doenças renais está diretamente relacionado às condições de vida do indivíduo e ao acesso aos serviços no nível primário de saúde. O controle da glicemia e da pressão arterial, alimentação e atividade física, bem como o combate ao tabagismo são ações fundamentais nesse processo”.

No Ambulatório do HE-FURG, são atendidos em média 60 pacientes por mês com DCR.

ASSESSORIA EBSERH FURG

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