A Secretaria Estadual da Saúde (SES) já capacitou agentes municipais de saúde e gestores de mais de 300 municípios do Rio Grande do Sul para atuar em duas novas estratégias de controle da dengue: o método Ovitrampas e a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI/Aedes). As duas ações fazem parte da Programa Estadual de Vigilância e Controle de Aedes, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
Os últimos encontros ocorreram nesta semana e envolveram 56 municípios das regiões de Santa Maria, Cruz Alta, Osório e Palmeira das Missões.
Neste ano, devido à situação de emergência em saúde pública no RS, decretada pelo Governo do Estado em 12 de março, essas capacitações fazem parte da intensificação das ações de prevenção, controle e atenção à saúde diante do risco epidemiológico à população pela epidemia de doença.
Ovitrampras é um método que consiste na colocação de armadilhas em locais específicos, para que as fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositem os ovos e, assim, se possa fazer a vigilância do vírus e do vetor nas áreas escolhidas para serem investigadas.
“Trata-se de uma estratégia barata, com bastante especificidade. As ovitrampas são armadilhas que simulam um criadouro de Aedes aegypti utilizadas para detectar a presença e abundância do inseto por meio dos ovos depositados na mesma. Isso permite direcionar os esforços da equipe municipal (controle mecânico através da visita do agente e os métodos de controle químico se necessário – BRI, UBV) para onde o mosquito está", avalia Aline Campos, da Divisão de Vigilância Ambiental do Cevs.
A Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI/Aedes) é uma estratégia que tem resultado na abordagem preventiva, evitando casos e que também pode ser usada em uma abordagem reativa, diminuindo a transmissão. Trata-se de uma borrifação dentro do imóvel, utilizando um inseticida com poder residual, que vai ficar agindo por quatro meses. É aplicada dentro do domicílio e somente nos locais preferenciais de repouso do mosquito, sendo uma estratégia seletiva de controle.
Aline Campos afirma que “o objetivo deste grande esforço de capacitação é habilitar 100% dos municípios nas duas novas estratégias que se complementam e permitem melhor resultado”. O treinamento consiste em um dia de atividade teórica e um dia de atividade prática.
Depois de treinados os municípios têm liberdade para gerenciar seu trabalho, de acordo com sua capacidade operacional e situação epidemiológica local. Rondinha, Jaboticaba e Tucunduva foram os pioneiros na adoção da técnica BRI, servindo de piloto em 2022 e 2023 para a pesquisa do método.
SECOM- GOV RS