No Brasil estima-se que chegue a dois milhões o número de casos. Nos EUA, em março de 2023, uma pesquisa aponta que uma em cada 36 crianças tem Autismo. De acordo com a Organização das Nações Unidades (ONU), 1% da população mundial está no espectro autista.
Esses são alguns dados repassados pela pediatra e professora da FURG, Luciana Lages que ministrou uma palestra sobre Autismo para médicos da rede pública da Secretaria da Saúde do Rio Grande, quarta-feira (28), no auditório do Centro Integrado de Apoio à Família, localizado no antigo prédio do Ministério Público. De acordo com a pediatra, todos os dias existem novas informações e pesquisas sobre Autismo e é necessária uma atualização profissional constante.
Um dos principais conceitos citados pela profissional é que o Autismo não é doença, mas um transtorno ou distúrbio do neurodesenvolvimento. Ela esclarece que a causa do Autismo é indefinida, não tem cura, há diversos genes associados e que a família e o ambiente escolar devem estar envolvidos com o paciente autista.
Sobre os comportamentos típicos de uma pessoa autista, Luciana Lages disse que, desde os primeiros anos de vida, a criança apresenta algumas características associadas ao Autismo. Citou que devem ser observadas, por exemplo, a dificuldade de comunicação e interação social, movimentos estereotipados, dificuldade de manter relacionamentos e amizades.
Em relação a possíveis causas desse transtorno ou distúrbio, a pediatra comentou que podem ter origem em problemas durante a gravidez – uso de remédios antidepressivos, álcool, má nutrição, uso de drogas ilícitas, infecções TORCHS (Toxoplasmose – Outras doenças – Rubéola – Citomegalovírus – Herpes). Apontou, ainda, causas associadas a condições genéticas, ambientais e ao uso de medicamentos, como por exemplo, o ácido valpróico.
Alguns diagnósticos para o Autismo são tardios, mas podem ser feitos desde o nascimento e, também, por uma observação detalhada multiprofissional e por meio de emprego de escala e questionários.
ASSESSORIA -- PMRG