A Prefeitura do Rio Grande, em uma iniciativa inovadora, foi selecionada para participar do curso "Urgência Climática - Implementando Soluções em Territórios Urbanos Vulneráveis", promovido pelo Ministério das Cidades (MCid). A seleção contou com cerca de 100 municípios brasileiros inscritos e elegeu apenas 10 dentre os projetos apresentados, entre eles o de Rio Grande, construído por meio de uma parceria com os municípios de Pelotas e São Lourenço do Sul.
Juntamente com as duas cidades, Rio Grande formou um consórcio para concorrer ao edital lançado pelo Ministério no mês de janeiro. O curso destinado a formar equipes técnicas municipais das prefeituras para as urgências climáticas inicia no próximo mês de abril. A capacitação, que dura até o mês de junho, será ministrada pelo Programa Capacidades, do MCid, em parceria com o Instituto Lincoln e apoio da WRI Brasil.
Os servidores do Município que participarão do curso serão selecionados dentre aqueles efetivos nas secretarias de Planejamento, Habitação e Regularização Fundiária (SMPLANH), de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (SMMA) e no Gabinete de Programas e Projetos Especiais (GPPE).
Os participantes terão a oportunidade de desenvolver um estudo de caso com orientação dos professores e consultores contratados pelo Ministério. A SMPLANH já definiu dois temas prioritários de Rio Grande que serão alvos das metodologias: a proteção da Ilha da Torotama, em decorrência de projeto aprovado junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para uso de recursos da Agência, e os segmentos da orla urbana da cidade nos bairros Cidade Nova e Navegantes.
O titular da SMPLANH, secretário Glauber Acunha Gonçalves, explicou a relevância das áreas eleitas como prioritárias, as mais fortemente afetadas pelas enchentes de maio de 2024. “Tivemos a nossa população afetada de forma mais intensa nas ilhas, especialmente na Ilha da Torotama, onde o impacto foi total; por outro lado, conhecemos também a realidade histórica das populações dos bairros Cidade Nova e Navegantes, que sofrem com qualquer elevação maior porque estão em área de cotas mais baixas da Lagoa, e que tiveram sua condição ainda mais agravada durante a enchente do ano passado. Por isso colocamos essas áreas como áreas problemas a serem tratados, pra verificar experiências que estão sendo vividas em outros lugares do Brasil e do mundo com as quais os especialistas do Ministério tem essa conexão”, explicou Glauber.
Para o secretário, além da necessidade premente para esse tipo de formação, o curso vai possibilitar, também, que as equipes técnicas do Município tenham um olhar ainda mais crítico sobre o território em relação ao futuro, levando em conta a proximidade com o corpo d'água da Lagoa dos Patos. “A ideia desse curso é ampliar o conhecimento, mas acima de tudo permitir uma leitura mais precisa e mais avançada em relação ao impacto desses eventos climáticos, desses eventos que se tornam cada vez mais intensos e cada vez mais frequentes, sobre as nossas populações vulneráveis; e sobre aquilo que a gente tem que começar a colocar na carteira de soluções do que nós vamos planejar para a cidade nos próximos anos”, concluiu o secretário.
Além do consórcio entre as cidades gaúchas, foram selecionadas para participar da capacitação também as cidades de Abaetetuba (PA), Caruaru (PE), Rio Branco (AC), Franco da Rocha (SP), Betim (MG), Osasco (SP), Juiz de Fora (MG), Jundiaí (SP) e Dourados (MS).
ASSESSORIA -- PMRG
