Sarampo: tire dúvidas sobre a vacina disponível no SUS
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Publicado em 30/07/2019

Com a volta do sarampo – uma doença extremamente contagiosa e que pode ser grave – muitas dúvidas ressurgiram, deixando as pessoas confusas em relação à necessidade ou não da vacina. Em quais circunstâncias ela pode ou não pode, ou deve ou não deve, ser administrada? Vamos esclarecer:

 

O que é o sarampo?

 

O sarampo é uma doença extremamente contagiosa causada por um vírus do gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae. A transmissão pode ocorrer por meio da fala, tosse e/ou espirro. O quadro de infecção pode ser grave, com complicações principalmente em crianças desnutridas ou com sistema imunológico debilitado.

 

Quais são os sintomas do sarampo?

 

 
Entenda o que é sarampo, quais os sintomas, como é o tratamento e quem deve se vacinar  — Foto: Infografia: Karina Almeida/G1Entenda o que é sarampo, quais os sintomas, como é o tratamento e quem deve se vacinar  — Foto: Infografia: Karina Almeida/G1

Entenda o que é sarampo, quais os sintomas, como é o tratamento e quem deve se vacinar — Foto: Infografia: Karina Almeida/G1

 

A vacina do sarampo está no calendário de imunização?

 

Mesmo sem o surto atual, a vacina do sarampo está no Programa Nacional de Imunizações. Isso quer dizer que o público-alvo precisa se vacinar.

A vacina contra o sarampo tem duas doses:

 

  • Primeira dose: aplicada nas crianças com 1 ano de idade
  • Segunda dose: aplicada nas crianaças com 15 meses de idade

 

Ambas as doses são oferecidas gratuitamente na rede pública de saúde, e foi justamente a queda na taxa de vacinação uma das causas para o Brasil ter perdido a certificação de erradicação da doença.

Mas, devido ao surto de sarampo, que neste ano atinge principalmente o estado de São Paulo, novas orientações foram emitidas e uma dose extra de reforço (ou bloqueio) está sendo administrada em pessoas de outras idades.

 

Qual é o público-alvo da vacina fora de São Paulo?

 

Leia abaixo as orientações para cada caso, e veja em qual você se encaixa:

 

  • Tenho até 29 anos e NÃO tomei (ou não lembro se tomei) a vacina: tome 2 doses, com intervalo mínimo de 1 mês entre elas;
  • Tenho entre 30 e 39 anos e NÃO tomei (ou não lembro se tomei) a vacina: tome 1 dose;
  • Tenho mais de 50 anos e NÃO tomei (ou não lembro se tomei) a vacina: não há limite de idade para a vacina do sarampo, mas considera-se que acima desta idade não há necessidade, pois existe uma grande chance de as pessoas já estarem imunes.

 

 

Qual é o público-alvo da vacina?

 

Devido ao alto número de pessoas com sarampo, as determinações locais para a vacina são diferentes. São recomendações especiais para bebês, jovens e profissionais de saúde. 

  • Bebês de 6 meses a 1 ano de idade em geral: Antes do surto de sarampo, a primeira dose da vacina era dada com 1 ano de idade e uma dose de reforço aos 15 meses. Agora ficou assim: primeira dose entre 6 meses e 1 ano. As outras doses continuam valendo: uma dose com 1 ano e um reforço com 15 meses. Bebês que estão entre 11 meses e 1 ano devem tomar a vacina e aguardar 30 dias para fazer a outra dose.
  • Bebês de 9 meses que NÃO tomaram vacina da FEBRE AMARELA:Como as vacinas do sarampo e da febre amarela não podem ser dadas juntas, a orientação é dar a vacina do sarampo primeiro, aguardar 30 dias e só depois dar a da febre amarela.
  • Bebês de 9 meses que JÁ tomaram vacina da FEBRE AMARELA: Nesse caso, a orientação é aguardar pelo menos 30 dias antes de aplicar a vacina do sarampo.
  • Jovens entre 15 e 29 anos: Todas as pessoas nessa faixa etária devem tomar pelo menos uma dose de reforço da vacina, independentemente de já ter sido imunizado no passado.
  • Profissionais de saúde de até 40 anos: Todos devem receber a vacina, independentemente do histórico de imunização.
  • Profissionais de saúde de entre 41 e 60 anos: Devem ter duas doses documentadas da vacina SCR, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas, a partir de 1 ano de idade.
  • Profissionais de saúde maiores de 60 anos: Devem ter pelo menos 1 dose documentada da vacina.

 

 

Por que as pessoas com mais de 50 anos estão provavelmente imunes?

 

Quando uma pessoa tem o primeiro contato com o vírus, além da possibilidade de desenvolver a doença, ela tem uma resposta imune: o corpo cria um sistema de defesa contra a infecção, uma proteção. Essa "resposta" do corpo permanece durante a vida. Ou seja: há mais chance de um paciente com 50 anos já ter tido contato com o vírus e, portanto, já ter esse sistema de defesa pronto contra o sarampo.

 
 
5 fatos sobre o surto de sarampo
G1 Ciência e Saúde
 
 
 
 
 
 
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A carteira de vacinas tem um monte de siglas. Como saber qual é a vacina do sarampo?

 

A vacina do sarampo pode estar contida da sigla "SCR" (sarampo, caxumba e rubéola); ou escrita como "Tríplice Viral" ou na sigla "SCRV" (sarampo, caxumba, rubéola e varicela); ou escrita como "Tetra Viral" ou, para os mais antigos, como "MMR", que é a sigla em inglês para sarampo, caxumba e rubéola.

 

Quem não pode nem deve tomar a vacina do sarampo?

 

 

  • Gestantes
  • Bebês menores de 6 meses de idade
  • Pessoas com comprometimento do estado imunológico(recomenda-se que estas últimas conversem com o médico)

 

Importante: bebês de 6 meses a 1 ano podem tomar a vacina, quando for o caso, excepcionalmente, com a orientação da Vigilância Epidemiológica ou do médico.

 

Estou amamentando. Posso tomar a vacina?

 

Sim. Quem está amamentando pode. As gestantes é que não podem.

Quero engravidar. Posso tomar a vacina antes?

 

Se você tomou a vacina, deve esperar pelo menos 30 dias para engravidar. Evite engravidar antes desse período.

 

Quem já teve sarampo precisa tomar a vacina?

 

Não. Quem teve a doença está protegido para o resto da vida. No entanto, como muitas doenças dão "bolinhas vermelhas" na pele, é importante ter a certeza de que você teve mesmo sarampo, antes de se considerar protegido.

 

A vacina do sarampo é segura?

 

Sim. A vacina do sarampo é muito segura e altamente eficaz. Vacinem-se. É a única forma de proteção comprovada contra o sarampo.

 

Portal de Notícias/G1.com

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