De nada adianta conhecer todas as propriedades da planta se você não prestar atenção na procedência do que está levando para casa. Além de checar bem os dados da embalagem, é bom ficar de olho no menor sinal de mofo.
E, diferentemente do que você pode imaginar, se as folhas estiverem roídas por insetos, isso é até um indício positivo: se o bicho mordeu, significa que pode ser consumida. Apenas despreze – é claro – a parte danificada.
Seis dicas para comprar direito:
E, diferentemente do que você pode imaginar, se as folhas estiverem roídas por insetos, isso é até um indício positivo: se o bicho mordeu, significa que pode ser consumida. Apenas despreze – é claro – a parte danificada.
Seis dicas para comprar direito:
- Adquira a erva medicinal em lojas idôneas de fitoterápicos e produtos naturais. Nas feiras livres, normalmente as folhas não vêm em embalagens com dados de procedência. Sem contar que ficam expostas à luz e ao calor, fatores capazes de diminuir e até mesmo acabar com os princípios ativos.
- Sempre procure pelo nome científico – o nome popular varia de região para região e, daí, você pode se confundir. Lembre-se de que, para piorar, muitas plantas têm nomes populares bem parecidos e são espécies completamente diferentes. Portanto, vale repetir, aposte sempre no nome científico.
- O ideal é que as partes sejam vendidas separadamente. Um saquinho cheio de galhos e folhas misturados, por exemplo, pode ser um péssimo negócio se você só quer as folhas.
- Ervas muito moídas podem camuflar outros elementos, como pedriscos e sujeiras, em geral. Desse jeito, você leva gato por lebre.
- As embalagens devem indicar peso, prazo de validade e procedência.
- Ervas frescas podem ser encontradas em mudas e maços. No caso, devem ser mantidas na geladeira.
Conheça e saiba usar 10 plantas medicinais
O uso de plantas para tratar doenças é tão antigo quanto a história da humanidade, mas saber conservar e usar cada tipo é fundamental para garantir que o remédio funcione. Antes de tudo, apague a crença de que tudo que é natural não faz mal. “As plantas necessitam de recursos químicos para se defender, como alguns alcaloides, que, por serem amargos e tóxicos, afastam predadores, ou óleos essenciais, que atraem aves para a polinização”, exemplifica a farmacêutica Ivana Suffredini, da Universidade Paulista, na capital. “Assim como algumas dessas substâncias podem atuar positivamente no organismo humano, outras provocam sérios danos”, alerta.
Outra confusão que precisa ser desfeita é usar os termos plantas medicinais e fitoterápicos como sinônimos. “Fitoterápicos são remédios, que passam por uma rigorosa avaliação de segurança e eficácia em seres humanos, com uma concentração de ativos padronizada, o que nem sempre ocorre com as folhas para o preparo de chás”, diferencia a geriatra especializada em fitomedicina Rita Ferrari, de São Paulo.
Não quer dizer que a população tenha de abandonar as infusões, respeitando-se algumas medidas de cautela. Confira a seleção que fizemos com base no livro “Guia de plantas medicinais de A a Z: 76 espécies aprovadas pela ciência”.
- AGRIÃO
AGRIÃO
Verdura de sabor ligeiramente amargo e bem popular na mesa brasileira. O agrião é um excelente anti-inflamatório das vias respiratórias, muito indicado nas bronquites crônicas. Ele também age contra um mal bem moderno: a nicotina - ainda que, claro, nenhuma planta apague de vez os seus estragos.
Nome científico: Nasturtium officinalis
Nomes populares: Agrião d´água, agrião-aquático, agrião-do-rio
Fins medicinais: Diurético, anti-inflamatório, pode ser usado para tratar aftas, gengivites, acne e eczemas, ajuda melhorar a digestão e tratar a tosse.
Como usar: A simples digestão do agrião libera substâncias expectorantes que ajudam a limpar as vias respiratórias. Pode ser consumido em saladas, batido em sucos ou tomado em chás ( 1 colher de sopa de folhas secas para uma xícara de chá de água fervente, três vezes ao dia)
Atenção! Por ser abortiva, a infusão de agrião não deve ser consumida por grávidas. Além disso, o excesso costuma irritar a mucosa do estômago e as vias urinárias. Não deve ser ingerido por quem tem úlceras e doenças renais inflamatórias.
2. Alfazema
Algazema
Desde a Antiguidade, a planta era usada em banhos de imersão de gregos e romanos. Isso provavelmente porque suas flores têm um delicado aroma calmante. Seu óleo essencial carrega mais de 150 compostos que respondem por seus bons efeitos, que vão desde o combate à insônia até falta de apetite. Hoje sabe-se que a alfazema também é eficaz contra cistite, inflamação na bexiga comum em mulheres.
Nome científico: Lavandula spp
Nomes populares: Lavanda, lavândula
Fins medicinais: Suas folhas são usadas em remédios contra conjuntivite e as flores funcionam contra tosse, bronquite, queimaduras e enxaqueca.
Como usar: Misture 100 mililitros de óleo de amêndoa com 40 gotas de essência de alfazema. Use esse óleo para massagear o corpo - uma boa ideia é aplicá-lo antes de dormir.
Atenção! Em excesso, o chá de alfazema irrita bastante o estômago. E há pessoas com alergia ao seu óleo essencial. Mais: a planta não deve ser confundida com a alfazema-do-brasil ou erva-santa.
3. Alecrim
Alecrim
Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra -- de cosméticos a incensos, passando por enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medicinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores provocadas por doenças reumáticas e articulares.
Nome científico: Rosmarinus officinalis
Nomes populares: Alecrim, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, rosmarino, erva-da-graça, libanotis
Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.
Como usar:Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves.
Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar a erva, principalmente no difusor..
4. Alho
Alho
O alho é tiro-e-queda contra o colesterol alto, atua como expectorante e antisséptico e, de quebra, é capaz de aumentar a imunidade e aliviar problemas circulatórios. Está lotado de vitaminas como A, B1, B2 e C, além de minerais como enxofre e iodo. Quando o bulbo é triturado, um de seus compostos, o aminoácido aliína, acaba resultando na produção da alicina, substância que dá o cheiro característico e que, acredita-se, seja uma das maiores responsáveis pelos seus propagados poderes.
Nome científico: Allium sativum
Nomes populares: Alho-comum, alho-da-horta, alho-manso
Fins medicinais: Pesquisas recentes sugerem um pontencial anticancerígeno, desde que consumido sempre cru.
Como usar: Para controlar o colesterol e ajudar na expectoração, faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho em 30 ml de água. Tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das refeições.
Atenção! Há pessoas que podem ser alérgicas ao alho. Ele também não deve ser usado por quem sofre de gastrite, úlcera, pressão baixa ou hipoglicemia. Se for fazer uma cirurgia, não use nos dez dias anteriores porque isso favoreceria hemorragias indesejáveis. Pelo mesmo motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes.
5. Babosa
Babosa
A famosa Aloe vera entra na composição de vários xampus e cremes feitos com a polpa branca de suas folhas. Tudo graças a uma dupla de princípios ativos, aloeferon e antraquinona. Enquanto o primeiro age na multiplicação celular e acelera a cicatrização, o outro funciona como antisséptico. Em alguns casos, é justamente essa propriedade que evita a queda de cabelos. Ela também ajuda na cicatrização de feridas.
Nome científico: Aloe vera
Nomes populares: Babosa
Fins medicinais: A babosa também tem sido usada no combate à caspa, aos piolhos e às lêndeas. Há testes sobre seus efeitos no tratamento de inflamações e queimaduras.
Como usar: Esfregue folhas de babosa cozidas no couro cabeludo. Deixe agir durante 15 minutos e enxágue. Outra opção é cortar as folhas pela base deixando escoar o sumo gosmento. Passe-o então nos fios. E saiba: ele dura apenas 2 dias na geladeira
Atenção! A babosa nunca deve ser ingerida. Ela tem resinas que irritam o estômago e o intestino, podendo causar cólicas, hemorragias e nefrites. Além disso, parece ser tóxica ao fígado.
6. Boldo-do-chile
Boldo-do-chile
A boldina, principal componente da planta, estimula a secreção de bile, substância produzida pelo fígado que age na quebra das gorduras. Por isso a erva melhora a digestão e, indiretamente, as funções hepáticas. No entanto, suas folhas não podem ser aquecidas por muito tempo. Se a idéia é dar uma força à digestão, prefira batê-las com um copo de água e beber na mesma hora. Curiosidade: no Chile, o fruto dessa espécie também é consumido como alimento. E, por aqui, tome cuidado: não confunda a espécie com uma versão bem brasileira e facilmente encontrada em hortas e jardins, o chamado falso-boldo (Plectranthus barbatus).
Nome científico: Peumus boldus
Nomes populares: Boldo-do-chile, Boldo-verdadeiro
Fins medicinais: O boldo-do-chile também age como anti-inflamatório inibindo a síntese de prostaglandinas, substâncias envolvidas no processo de uma inflamação.
Como usar:Para prevenir pedras na vesícula coloque em 1 xícara de água fervente, ponha 1 colher de sobremesa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e beba sem perder tempo.
Atenção! Nada de usar o boldo-do-chile a torto e a direito. Tome somente em casos isolados de mal-estar porque o excesso, em vez de fazer bem, causa intoxicação hepática. A planta também está vetada a grávidas e pessoas com asma, distúrbios renais e problemas do fígado.
7. Calêndula
Calêndula
- 1. Agrião
Verdura de sabor ligeiramente amargo e bem popular na mesa brasileira. O agrião é um excelente anti-inflamatório das vias respiratórias, muito indicado nas bronquites crônicas. Ele também age contra um mal bem moderno: a nicotina - ainda que, claro, nenhuma planta apague de vez os seus estragos.
Nome científico: Nasturtium officinalis
Nomes populares: Agrião d´água, agrião-aquático, agrião-do-rio
Fins medicinais: Diurético, anti-inflamatório, pode ser usado para tratar aftas, gengivites, acne e eczemas, ajuda melhorar a digestão e tratar a tosse.
Como usar: A simples digestão do agrião libera substâncias expectorantes que ajudam a limpar as vias respiratórias. Pode ser consumido em saladas, batido em sucos ou tomado em chás ( 1 colher de sopa de folhas secas para uma xícara de chá de água fervente, três vezes ao dia)
Atenção! Por ser abortiva, a infusão de agrião não deve ser consumida por grávidas. Além disso, o excesso costuma irritar a mucosa do estômago e as vias urinárias. Não deve ser ingerido por quem tem úlceras e doenças renais inflamatórias - 2. Alfazema
Desde a Antiguidade, a planta era usada em banhos de imersão de gregos e romanos. Isso provavelmente porque suas flores têm um delicado aroma calmante. Seu óleo essencial carrega mais de 150 compostos que respondem por seus bons efeitos, que vão desde o combate à insônia até falta de apetite. Hoje sabe-se que a alfazema também é eficaz contra cistite, inflamação na bexiga comum em mulheres.
Nome científico: Lavandula spp
Nomes populares: Lavanda, lavândula
Fins medicinais: Suas folhas são usadas em remédios contra conjuntivite e as flores funcionam contra tosse, bronquite, queimaduras e enxaqueca.
Como usar: Misture 100 mililitros de óleo de amêndoa com 40 gotas de essência de alfazema. Use esse óleo para massagear o corpo - uma boa ideia é aplicá-lo antes de dormir.
Atenção! Em excesso, o chá de alfazema irrita bastante o estômago. E há pessoas com alergia ao seu óleo essencial. Mais: a planta não deve ser confundida com a alfazema-do-brasil ou erva-santa. - 3. Alcaçuz
Planta fortemente adocicada conhecida há mais de três mil anos na Europa e na Ásia. Com seu sabor cerca de 15 vezes mais doce do que a cana, ela é usada há milênios tanto para combater aquela coceirinha na garganta que acompanha uma crise de tosse quanto pelos efeitos contra úlceras gástricas.
Nome científico: Glycyrrhiza glabra
Nomes populares: Alcaçuz-da-europa, madeira-doce, licorice, raiz-doce
Fins medicinais: É usado contra problemas pulmonares, como tosses, por ser anti-séptico e anti-inflamatório. Para completar, pesquisas sugerem sua aplicação nos casos de reações alérgicas, bronquite e artrite.
Como usar: Use 3 gramas (1 ½ colher de sopa) da raiz seca do alcaçuz, cortada em pedaços pequenos. Esquente água para 1 xícara de chá. Desligue o fogo antes de atingir a fervura. Deixe a raiz na água durante 15 minutos. Faça essa decocção 2 vezes ao dia e beba antes das refeições.
Atenção! A dose máxima de alcaçuz é de 6 g ao dia - ou corre-se o risco de a pressão sanguínea subir. A espécie é proibida para quem tem problemas cardíacos, é hipertenso ou gestante. - 4. Alecrim
Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra -- de cosméticos a incensos, passando por enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medicinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores provocadas por doenças reumáticas e articulares.
Nome científico: Rosmarinus officinalis
Nomes populares: Alecrim, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, rosmarino, erva-da-graça, libanotis
Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.
Como usar:Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves.
Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar a erva, principalmente no difusor.. - 5. Alho
O alho é tiro-e-queda contra o colesterol alto, atua como expectorante e antisséptico e, de quebra, é capaz de aumentar a imunidade e aliviar problemas circulatórios. Está lotado de vitaminas como A, B1, B2 e C, além de minerais como enxofre e iodo. Quando o bulbo é triturado, um de seus compostos, o aminoácido aliína, acaba resultando na produção da alicina, substância que dá o cheiro característico e que, acredita-se, seja uma das maiores responsáveis pelos seus propagados poderes.
Nome científico: Allium sativum
Nomes populares: Alho-comum, alho-da-horta, alho-manso
Fins medicinais: Pesquisas recentes sugerem um pontencial anticancerígeno, desde que consumido sempre cru.
Como usar: Para controlar o colesterol e ajudar na expectoração, faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho em 30 ml de água. Tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das refeições.
Atenção! Há pessoas que podem ser alérgicas ao alho. Ele também não deve ser usado por quem sofre de gastrite, úlcera, pressão baixa ou hipoglicemia. Se for fazer uma cirurgia, não use nos dez dias anteriores porque isso favoreceria hemorragias indesejáveis. Pelo mesmo motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes. - 6. Arnica
É raro encontrar quem nunca ouviu falar da famosa pomadinha de arnica para tratar um machucado, principalmente aqueles que deixam belas manchas roxas. A fama remonta os tempos das nossas avós e já ganhou comprovação científica: a arnica funciona mesmo como um santo remédio nesses casos. Quem responde por seus benefícios é uma substância chamada quercetina, responsável por aumentar a resistência dos vasos e a irrigação sanguínea. Por isso o coágulo vai sendo removido, apagando a mancha roxa. Já inolina, componente que faz dupla com a quercetina, alivia a dor.
Nome científico: Arnica Montana
Nomes populares: Arnica
Fins medicinais: Também é usada em para tratar problemas de pele como acne e furunculose. E ajuda a aliviar dores reumáticas, gota e tendinites.
Como usar: Para tratar contusões, faça a seguinte tintura, que pode durar até um ano, se for armazenada corretamente: respeite a proporção de 1 parte de arnica fresca, 5 partes de álcool de cereais (encontrado em farmácias) e 5 partes de água. Pique a planta e misture-a com os outros ingredientes. Deixe descansar por pelo menos 15 dias antes de usar. Deve ser diluída a 10% para uso em compressas.
Atenção! A planta tem compostos tóxicos e, por isso, sua tintura não deve ser ingerida de jeito nenhum, nem se fazem chás com suas folhas e flores. Também não pode ser aplicada sobre feridas abertas. Seus efeitos colaterais incluem vômitos, aumento da pressão arterial e aborto. Grávidas e mulheres que amamentam não podem usá-la.Além disso, a arnica potencializa sangramentos, especialmente se a pessoa toma remédios anticoagulantes. Nunca a use com outras ervas: a mistura pode alterar a função das plaquetas. - 7. Babosa
A famosa Aloe vera entra na composição de vários xampus e cremes feitos com a polpa branca de suas folhas. Tudo graças a uma dupla de princípios ativos, aloeferon e antraquinona. Enquanto o primeiro age na multiplicação celular e acelera a cicatrização, o outro funciona como antisséptico. Em alguns casos, é justamente essa propriedade que evita a queda de cabelos. Ela também ajuda na cicatrização de feridas.
Nome científico: Aloe vera
Nomes populares: Babosa
Fins medicinais: A babosa também tem sido usada no combate à caspa, aos piolhos e às lêndeas. Há testes sobre seus efeitos no tratamento de inflamações e queimaduras.
Como usar: Esfregue folhas de babosa cozidas no couro cabeludo. Deixe agir durante 15 minutos e enxágue. Outra opção é cortar as folhas pela base deixando escoar o sumo gosmento. Passe-o então nos fios. E saiba: ele dura apenas 2 dias na geladeira
Atenção! A babosa nunca deve ser ingerida. Ela tem resinas que irritam o estômago e o intestino, podendo causar cólicas, hemorragias e nefrites. Além disso, parece ser tóxica ao fígado. - 8. Boldo-do-chile
A boldina, principal componente da planta, estimula a secreção de bile, substância produzida pelo fígado que age na quebra das gorduras. Por isso a erva melhora a digestão e, indiretamente, as funções hepáticas. No entanto, suas folhas não podem ser aquecidas por muito tempo. Se a idéia é dar uma força à digestão, prefira batê-las com um copo de água e beber na mesma hora. Curiosidade: no Chile, o fruto dessa espécie também é consumido como alimento. E, por aqui, tome cuidado: não confunda a espécie com uma versão bem brasileira e facilmente encontrada em hortas e jardins, o chamado falso-boldo (Plectranthus barbatus).
Nome científico: Peumus boldus
Nomes populares: Boldo-do-chile, Boldo-verdadeiro
Fins medicinais: O boldo-do-chile também age como anti-inflamatório inibindo a síntese de prostaglandinas, substâncias envolvidas no processo de uma inflamação.
Como usar:Para prevenir pedras na vesícula coloque em 1 xícara de água fervente, ponha 1 colher de sobremesa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e beba sem perder tempo.
Atenção! Nada de usar o boldo-do-chile a torto e a direito. Tome somente em casos isolados de mal-estar porque o excesso, em vez de fazer bem, causa intoxicação hepática. A planta também está vetada a grávidas e pessoas com asma, distúrbios renais e problemas do fígado. - 9. Calêndula
De sabor amargo e perfume suave, a famosa mal-me-quer é um bom cicatrizante. Soldados da guerra civil americana, no século 19, usavam a planta para tratar feridas nos combatentes. Hoje seus benefícios à pele são bem conhecidos e ela é largamente empregada na indústria cosmética. A tintura alivia sintomas de traumatismos e pomadas e compressas à base de calêndula ajudam a tratar furúnculos e varizes. Seus efeitos não param por aí: ela também serve para regular a menstruação e amenizar cólicas.
Nome científico: Calendula officinalis
Nomes populares: Mal-me-quer, margarida-dourada, maravilha-dos-jardins
Fins medicinais: É usada para tratar fungos, acne e escaras, ajuda a prevenir assaduras em crianças e pode aliviar queimaduras leves, inclusive as de sol.
Como usar: Para cólicas menstruais, coloque em 1 xícara de chá de água fervente, coloque 1 colher de sobremesa das flores de calêndula. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 2 xícaras do preparado diariamente nos oito dias anteriores à menstruação. - 10. Camomila
- Camomila
- Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença garantida na grande maioria das chaleiras. Tanto que é um dos chás considerados mais seguros. A erva é muito usada para acalmar cólicas e como anti-inflamatória, graças ao camazuleno, óleo essencial com propriedades anti-inflamatórias. Suas flores são lotadas de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele. Por isso a camomila é muito usada na indústria de cosméticos em sabonetes, colônias e xampus.
Nome científico: Matricaria chamomilla
Nomes populares: Camomila-vulgar, camomila-comum
Fins medicinais: É usada com tônico digestivo, facilita a eliminação de gases e estimula o apetite. A infusão concentrada pode ser usada em bochechos para tratar inflamação das gengivas. Também alivia dores musculares, na coluna e ciáticas.
Como usar: Para aliviar irritações de pele use 6 colheres de sopa de flores frescas de camomila para preparar uma infusão com 1 litro de água. Aplique o líquido em compressas sobre a área afetada.
Atenção! Algumas pessoas têm alergia à erva. E o excesso sempre pode causar mal-estar, enjoo e vômitos. Deve ser evitada por grávidas e por quem estiver tomando remédios anticoagulantes - Portal de notícias/Saúde Abril