O prefeito Alexandre Lindenmeyer participou durante a tarde da segunda-feira (12) da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Pretrobras, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande o Sul. O lançamento aconteceu no auditório Dante Barone e contou com a presença de deputados estaduais, federais, sindicatos, prefeitos e União Estadual dos Estudantes (UEE). Os riscos e perdas para cidades, o Estado e consumidores com a venda de ativos da Petrobras foram o tema do debate realizado no lançamento da Frente Parlamentar criada pelo deputado Pepe Vargas (PT).
O prefeito de Rio Grande mostrou preocupação com a possível venda às empresas. Destacou que a retomada do Polo Naval de Rio Grande pode ficar cada vez mais distante com a privatização, que se alimentará da redução da exigência do conteúdo nacional no setor de óleo e gás e defendeu a importância e os benefícios que o setor trouxe para Rio Grande e região. “Não podemos permitir, pela importância que a empresa teve e, espero que possa continuar tendo, na questão da indústria naval. E quando faço essa referência, tenho escutado diuturnamente uma expressão de que o Brasil é ‘pop, tec e agro’, de que a função do país é produzir commodities. Mas o que nós vimos ao longo dos últimos anos que se passaram, de 2005 para cá, é que houve sim um período de aprendizado, de implantação de equipamentos, de estaleiros, que possibilitaram a geração, somente em Rio Grande, de mais de 24 mil postos de trabalho. […] A Petrobras é fundamental também para a Refinaria de Petróleo Riograndense, onde existe a coparticipação da estatal. Nossa refinaria é estratégica pela sua localização, principalmente pela região de distribuição e também pelo trabalho com alguns óleos especiais”, disse.
O gestor público também lembrou que na cadeia produtiva da indústria naval foram gerados mais de 80 mil postos de empregos diretos, já entre os diretos e indiretos disse que o número estimado é de 600 mil e que os municípios do extremo sul do estado são responsáveis indiretamente por grande parte do petróleo que hoje é extraído no país. “Rio Grande e São José Norte, pelas plataformas construídas, compartilham a responsabilidade por mais de 60% do petróleo extraído no Brasil. Também consolidamos o 2º maior dique seco do mundo e temos uma mão de obra que foi qualificada gradativamente”, afirma Alexandre.
De acordo com o deputado Pepe Vargas, a Frente quer mobilizar a sociedade gaúcha em defesa da Petrobras como forma de fomentar o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul, “Garantir que a Petrobras e suas estruturas estejam em mãos do Estado não se trata de uma disputa de caráter ideológico. Se trata de compreender qual é o papel que a empresa pública deve cumprir. Assim é no mundo todo, independentemente de qual seja o matiz político dos governos. Não é à toa que em recentes processos de concessão ou privatização de ativos ligados à Petrobras, foram empresas estatais de países como Noruega e China, por exemplo, que estiveram à frente destas aquisições”, disse o parlamentar.
Desta primeira audiência da Frente Parlamentar foram retirados os seguintes encaminhamentos:
Solicitar uma audiência com o governador.
Unificar as agendas das frentes Federal e Estadual.
Realizar audiências públicas conjuntas para expandir o debate com outros parlamentares.
Realizar audiências Públicas nas câmaras de vereadores, principalmente em municípios diretamente afetados.
Buscar a união com Frentes instaladas em outros estados para unificar o trabalho.
Articular e dialogar com a FAMURS E FIERGS.
Articulação com caminhoneiros
Esclarecer a população sobre a importância do trabalho das refinarias.
Além de presidentes de sindicatos e lideranças estudantis estavam presentes na abertura da Frente, os deputados federais Elvino Bohn Gass e Henrique Fontana (PT/RS), os estaduais Sofia Cavedon e Fernando Marroni (PT), o prefeito de Imbé, Pierre da Rosa e petroleiros que pediram apoio pela defesa da Petrobras.
Acessoria de comunicação/Prefeitura Municipal de Rio Grande