A maior parte dos brasileiros só faz os exames quando levados pela família ao médico
Se em outubro a cor é rosa, novembro é azul. Isso porque o mês é o eleito para discutir a conscientização do câncer de próstata, o tipo mais comum entre os homens e que é uma das maiores causas a causa de morte da população masculina. Se descoberto cedo, as chances de cura podem chegar à 90%, mas para isso os homens não podem falhar nos check ups anuais. Infelizmente os dados divulgados pelo Ministério da Saúde não são animadores: 70% dos brasileiros só vão ao médico quando levados ou influenciados pela família. Por conta própria, muito poucos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 20% dos casos hoje em dia são diagnosticados tardiamente exatamente porque os homens protelam o acompanhamento. Dos casos identificados como câncer, 25% dos pacientes morrem por causa da doença. “Os homens precisam se conscientizar sobre a importância de serem protagonistas de sua saúde. No caso do câncer de próstata, o acompanhamento médico preventivo é fundamental, além da adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física que evitam a doença”, diz o coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Carlo Passerotti.
Um dos vários mitos perigosos que a campanha visa mudar é de que o câncer de próstata é um risco maior na terceira idade. Os riscos são maiores se já houver casos na família, por isso, idealmente, a partir dos 45 anos todo homem já deveria começar o acompanhamento. Esse tipo de câncer tem um lado silencioso, quando os sintomas aparecem, 95% das vezes já é um caso mais avançado. Na fase avançada, os sintomas são dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen”, alerta o médico.
Um dos desafios para reduzir as estatísticas está justamente no exame. O mais efetivo é o clínico, que é o toque retal, que assusta muitos homens. Não é surpresa que como consequência, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
Para mudar o cenário, muitas marcas embarcam também na campanha de conscientização. Junto com o Instituto Lado a Lado pela Vida, criador da campanha Novembro Azul, a Vivara lança esse mês uma pulseira para homens, feita em aço com couro azul, que apóia a causa. Cada uma custa R$ 320 e uma porcentagem das vendas de cada pulseira será revertida para o Instituto, para ajudar na organização de campanhas de conscientização da doença.
Portal de Notícias/Claudia.Abril