Casos de um novo tipo de coronavírus são registrados em diferentes países desde o final de 2019. No dia 31 de dezembro, as primeiras notificações de pessoas contaminadas na cidade de Wuhan, na China, chegaram à Organização Mundial da Saúde (OMS), que em 28 de fevereiro elevou o risco mundial de epidemia do vírus para "muito alto". Esse é o mais elevado entre as categorias de avaliação. A entidade não definiu o caso como pandemia.
Apesar da situação atual, o coronavírus não é recente. A família do vírus foi isolada pela primeira vez na década de 1930. Desde então, houve cinco descobertas de tipos de coronavírus. Antes da atual, a última ocorreu em 2012.
A seguir, entenda o que é o coronavírus, quais são seus sintomas e como se prevenir da doença.
O QUE É A COVID-19?
É uma doença causada pelo novo tipo de coronavírus identificado neste ano, que leva o nome de Sars-CoV-2. Ele pertence à família de vírus de mesmo nome (CID10) que causa infecções respiratórias. O vírus tem esse nome porque seu formato, quando observado em microscópio, se assemelha a uma coroa.
COMO É TRANSMITIDO O CORONAVÍRUS?
As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas:
gotículas de saliva
espirro
tosse
catarro
contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão
contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
HÁ CURA PARA A COVID-19?
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso:
Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos)
Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse
Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
QUAIS OS SINTOMAS?
Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais são sintomas conhecidos até o momento são os seguintes:
Febre
Tosse
Dificuldade para respirar
É considerado um caso suspeito a pessoa que apresentar os sintomas acima e que, nos 14 dias antes do aparecimento dos sinais, tenha viajado para um dos países com transmissão local do vírus. A lista dos países considerados como áreas de risco é atualizada no site da Secretaria da Saúde.
EM QUANTO TEMPO OS SINTOMAS APARECEM?
A doença pode ficar incubada (ou seja, sem apresentar sintomas) por até 14 dias após o contato com o vírus. O período médio é de cinco dias, com intervalo que pode chegar a 12 dias.
QUAIS SÃO OS GRUPOS DE RISCO?
Gestantes, idosos ou pessoas com doenças crônicas são mais suscetíveis a se contaminarem com o coronavírus. Pessoas que tenham doenças respiratórias, como asma, também precisam de mais atenção.
O QUE FAZER EM CASO DE SUSPEITA?
É considerado um caso suspeito a pessoa que apresentar os sintomas de febre acompanhada por um sinal respiratório (tosse, coriza e dificuldade para respirar, por exemplo) e que, nos 14 dias antes do aparecimento dos sinais, tenha viajado para um dos países com transmissão local do vírus.
Também são suspeitos os casos das pessoas que apresentam esses mesmos sintomas e que, nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas, tenham tido contato próximo com um caso suspeito ou confirmado. O contato próximo pode incluir: cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais.
Os casos que não apresentarem sintomas graves podem ser orientados a permanecer em isolamento domiciliar até a melhora do quadro. Nesse período, a pessoa segue monitorada pelas equipes de saúde. Ela é aconselhada e evitar o contato com outras pessoas onde reside, usar máscara cirúrgica quando não estiver sozinha e sair de casa apenas em situações de emergência.
Os casos que vierem a apresentar algum quadro clínico de gravidade serão avaliados pela necessidade de internação e isolamento. O médico assistente avalia o caso e define com a Central de Regulação Hospitalar do Estado se ele pode permanecer no mesmo local onde foi inicialmente atendido ou se precisa de remoção para outro local. Em seguida, notifica o caso às autoridades de saúde do município, Estado e Ministério da Saúde por telefone e online, coleta amostra de secreção das vias aéreas e realiza um levantamento sobre pessoas com quem o paciente teve contato, para que essas pessoas sejam monitoradas por 16 dias, a contar da data do contato.
A identificação da procedência e do roteiro de viagem nos últimos 14 dias é realizada de forma mais detalhada possível (país e cidade, número de voos, datas etc).
COMO TIRAR DÚVIDAS?
– Disque Vigilância, da Secretaria Estadual da Saúde (SES) Telefone 150 De segunda a sexta, das 8h30 às 22h Aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 22h
– Disque Saúde do SUS Telefone 136 De segunda a sexta, das 8h às 20h Sábado, das 8h às 18h
COMO SE PREVENIR?
Lavar as mãos
A lavagem frequente das mãos é a principal recomendação para se prevenir
Higienizar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos a cada vez
Esfregar os espaços entre os dedos, o dorso da mão e cavidades (dobras dos dedos e unhas), onde as bactérias podem se alojar
Usar sabonete (apenas água é insuficiente para a higienização). Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool
Evitar contato próximo com pessoas doentes
Ficar em casa quando estiver doente
Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção)
Evitar tocar olhos, boca e nariz
Contato com olhos, nariz ou boca permite que o vírus entre no corpo, gerando infecção. Essas regiões do corpo têm mucosas.
Cuidados em ambientes com aglomeração de pessoas
Em locais com grande concentração de pessoas (transporte público, por exemplo), é preciso tomar cuidados especiais.
Preferencialmente, mantenha-se a pelo menos um metro de distância de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando.
Se tiver de tossir ou espirrar, cubra o rosto com o braço dobrado. Isso evita que as secreções do corpo entrem em contato com superfícies ou com outras pessoas.
As mesmas recomendações valem para qualquer local fechado, como o ambiente de trabalho.
Álcool gel e máscaras
O uso de álcool gel é uma medida eficaz para higienização das mãos, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, deve ser considerada uma segunda opção, somente para ocasiões em que não é possível lavar as mãos com água e sabão.
As máscaras devem ser usadas somente por aqueles que já estão infectados pelo vírus, por profissionais da saúde ou por pessoas que estão com sintomas do coronavírus.
Quem deseja se proteger contra a doença não precisa usar máscara.
Contato com objetos vindos de países em alerta apresenta riscos?
Não é preciso tomar cuidados especiais em relação a objetos vindos de países onde há casos notificados da doença. O vírus, para se manter vivo, necessita estar em local úmido e quente. Portanto, fora do corpo humano, é muito improvável que permaneça vivo por muito tempo.
E animais de estimação apresentam riscos?
Não é preciso se preocupar com o contato com animais de estimação, pois não há evidências de que possam ser infectados pelo coronavírus. Contudo, é recomendável lavar as mãos após tocar em cães e gatos, tendo em vista que eles podem transmitir outras doenças, como salmonela.
INFORMAÇÕES SOBRE O CORONAVÍRUS
Os canais oficiais dos órgãos públicos responsáveis pela saúde no país são os mais confiáveis para acessar informações, além de apresentarem dados atualizados sobre o tema.
O Ministério da Saúde está contribuindo para combater notícias falsas sobre o vírus. Para saber o que é verdadeiro e o que é mentira, clique aqui.
O órgão também disponibilizou um número de WhatsApp para checagem de fatos. Basta enviar para (61) 99289-4640 a informação para saber se é verdadeira ou falsa.