“Gaúchas e gaúchas, estamos numa guerra sanitária. O coronavírus é um inimigo invisível e traiçoeiro. Ele provoca uma doença veloz e sem fronteiras, que paralisa o mundo e desafia governos, empresas e instituições. Não é diferente aqui no Rio Grande do Sul. Todos estamos aprendendo a lidar com os seus efeitos e é compreensível que fiquemos assustados. As famílias têm dúvidas e receios. E é por isso que nenhum governo tem o direito de ficar parado. Propor e executar medidas drásticas, ainda que antipáticas e restritivas, deve ser feito em respeito à população.”
Foi com essas palavras que o governador Eduardo Leite iniciou um pronunciamento oficial divulgado nas redes sociais na noite desta quinta-feira (19/3), data em que assinou mais dois decretos para restringir a propagação do novo vírus em solo gaúcho.
Um decreto eleva o RS ao status de calamidade pública e no qual são determinas medidas ainda mais restritivas a toda a população, e outro que cria o Gabinete de Crise, reunindo diversos especialistas, entidades e órgãos para enfrentar, monitorar e tomar as ações necessárias para combater a pandemia.
Em tom de um alerta – “o coronavírus é real e ele vai matar” –, o governador repetiu o apelo que vem fazendo desde que o primeiro caso foi confirmado no Estado, no dia 10 de março: “Fique em casa!”.
“Não temos tempo a perder. Cada um de nós é capaz de atuar significativamente contra a expansão do coronavírus. Por isso, não se exponha. Fique em casa. Proteja as pessoas de mais idade. Tudo o que puder ser cancelado, deve ser cancelado. Não economize no cuidado. Não podemos esquecer que há um intervalo de tempo entre o contágio e os primeiros sintomas. Certamente, o vírus já circula nas nossas casas, nos nossos locais de trabalho e de diversão e é agora que precisamos mudar nossos hábitos”, ressaltou Leite.
Destacando a higienização pessoal e dos espaços, além da chamada “etiqueta respiratória”, o governador lembrou que, devido à rápida propagação do vírus e da alta letalidade em idosos, pessoas vulneráveis e doentes crônicos, pediu empatia – porque cuidando de si, cuida-se de todos.
“Nós temos no RS um povo afetuoso. Que nós tenhamos, daqui a algumas semanas, apenas saudades dos abraços, beijos e apertos de mão que não estamos dando hoje. É muito melhor a saudade e de um aperto de mão, do que de alguém que partiu. Conto com cada um de vocês”, concluiu.
Secom / Governo do RS