Como tem gerado muitas dúvidas e questionamentos sobre o número de casos de pessoas com o novo coronavírus, causador da Covid-19, a Prefeitura do Rio Grande esclarece à comunidade rio-grandina como está sendo feito a contagem pelo novo critério adotado pelo Ministério da Saúde (MS). O prefeito Alexandre Lindenmeyer e o secretário da área da Saúde (Maicon Lemos) explicaram, via redes sociais, nesta quinta-feira (3), a nova realidade que sustenta a manutenção do estado de emergência pública adotado pela administração municipal, no mês passado, provocando que escolas e o comércio tivessem, posteriormente, as atividades paralisadas. “Os números de casos contabilizados pararam porque não foram mais feitas coletas, conforme recomendação do Ministério da Saúde que adotou outros critérios. As coletas estão direcionadas, agora, somente para os casos graves, de trabalhadores da Saúde e vigilantes”, afirmou o prefeito.
Até o dia 23 de março, o Ministério da Saúde (MS) tinha um critério para contabilizar os casos do novo coronavírus no Brasil. Para todos os casos suspeitos, era determinada a coleta de material, a fim de que fosse realizada a análise laboratorial sobre a existência de uma pessoa com o novo coronavírus. A partir do dia 23, houve uma mudança nos critérios pelo MS, o que acabou gerando por parte daqueles que enxergam o número de suspeitos, de casos confirmados, apurados até o dia 23, como uma referência. Com o novo protocolo de apuração, a fórmula de cálculo mudou.
O prefeito Alexandre argumenta que o esclarecimento é necessário porque o vírus continua circulando em todos os lugares do país, inclusive, em Rio Grande. Além disso, afirma que a explicação é fundamental, principalmente, para quem questiona, por exemplo, por que o comércio ainda está fechado, se os números de casos confirmados, depois do dia 23, permanecem em somente dois, até agora.
O secretário Maicon Lemos (Sáude) justifica que, desde o começo da pandemia e antes do dia 23 de março, todos os casos suspeitos, ou seja, pessoas que viajaram para fora do país ou que tiveram contatos com estrangeiros, no período de 14 dias anteriores a essa data e, também, estiveram em estados endêmicos, como os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e se apresentassem sintomas respiratórios alterados, era feita a coleta de material e encaminhado para análise no Laboratório Central (Lacen), em Porto Alegre.
“Esse era o protocolo até 23 de março. Tínhamos um número de pacientes testados muito maior do que hoje. A partir dessa data, o novo protocolo do Ministério adotou a coleta somente para profissionais da Saúde, vigilantes e em pacientes graves. Com isso, ficamos com os demais sintomas respiratórios sem a coleta para análise da Covid-19”, lembra o secretário. O Ministério entende que, de 23 de março para cá, no Brasil, já há a transmissão comunitária. Ou seja, o vírus já circula em todo o país.
Assessoria de Comunicação PMRG