Após nova reunião com o Comitê Técnico de Apoio ao Enfrentamento ao Coronavírus, realizada da tarde de hoje (06), a Prefeitura do Rio Grade orienta que a população passe a utilizar máscaras caseiras quando houver necessidade de sair de suas casas. A indicação segue recomendação do Ministério da Saúde (MS), que divulgou nota informativa sobre o uso e a confecção de máscaras caseiras. A recomendação do MS foi aprovada pelo Comitê, que avaliou que a medida também deveria ser aplicada em nossa cidade.
A Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, ressalta que a utilização das máscaras é uma proteção extra e não devem ser desconsideradas as demais medidas adotadas para a contenção da proliferação do vírus. Portanto, se mantém a necessidade do isolamento social, exceto em casos de absoluta urgência, assim como da higienização das mãos, os cuidados ao tossir e espirrar, além das demais precauções já estabelecidas. “A máscara é uma proteção adicional. No caso das máscaras caseiras, indicadas para uso de toda população, a proteção é de até 70% os riscos de transmissão. Mas é fundamental seguir regras de distanciamento social e lavar as mãos constantemente”, explicou o secretário da Saúde, Maicon Lemos.
Para a superintendente da Vigilância em Saúde, Michele Meneses, a indicação para o uso de máscaras estimula o isolamento solidário, que segue importantíssimo neste momento. “As máscaras, mesmo caseiras, mesmo sem ter uma proteção de 100%, vão ao encontro da possibilidade de estarmos auxiliando nesse processo de cuidado, que é coletivo. Quando eu me cuido, estou cuidando de outra pessoa. E quando outra pessoa se cuida, ela está cuidando de mim também”, destacou.
Como existe uma grande dificuldade na aquisição de equipamentos utilizados por trabalhadores de hospitais e de unidades de saúde, como máscaras cirúrgicas e N95/PFF2, o MS solicita que tais equipamentos sejam reservados para os profissionais da saúde, pois são eles que estão atuando nos locais com maior potencial de concentração do vírus e no tratamento das pessoas infectadas pelo COVID-19, assim como de outras doenças.
A exceção fica para os casos de pessoas que estão com quadro de síndrome gripal e em isolamento domiciliar, que devem continuar usando preferencialmente a máscara cirúrgica. O mesmo vale os cuidadores dessas pessoas, quando estiverem no mesmo ambiente da casa.
Por esse motivo, a confecção de máscaras caseiras surge como alternativa válida para a proteção individual da população em geral. Segundo o conteúdo da nota, “a utilização de máscaras caseiras impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e diminuição de casos”.
A máscara deverá ser feita considerando as medidas de cada um, de forma que nariz e boca sejam cobertos completamente. Também é importante estar atento para que ela esteja perfeitamente ajustada ao rosto, evitando que existam espaços nas laterais. A publicação do Ministério também esclarece quais os materiais mais eficazes para a proteção, desde que desenhadas e higienizadas corretamente Veja a seguir os tecidos recomendados, elencados pela capacidade de filtragem de partículas virais.
1º – Tecido de saco de aspirador
2º – Cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%)
3º – Tecido de algodão (como camisetas 100% algodão)
4º – Fronhas de tecido antimicrobiano
Ainda é recomendado que a proteção seja utilizada por no máximo duas horas. Em caso de necessidade de utilização por mais tempo, é importante levar uma segunda máscara para a troca. No documento em anexo, estão duas sugestões do Ministério da Saúde para a confecção das máscaras caseiras.
Para que a máscara cumpra seu propósito e seja uma ferramenta de proteção contra o Coronavírus, o MS também recomenda uma série de cuidados quanto a utilização e higienização:
- O uso da máscara caseira é individual, não devendo ser compartilhada entre familiares, amigos e outros.
- Coloque a máscara com cuidado para cobrir a boca e nariz e amarre com segurança para minimizar os espaços entre o rosto e a máscara.
- Enquanto estiver utilizando a máscara, evite tocá-la na rua, não fique ajustando a máscara na rua.
- Ao chegar em casa, lave as mãos com água e sabão, secando-as bem, antes de retirar a máscara.
- Remova a máscara pegando pelo laço ou nó da parte traseira, evitando de tocar na parte da frente.
- Faça a imersão da máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) por 30 minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (Por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500ml de água potável)
- Após o tempo de imersão, realizar o enxágue em água corrente e lavar com água e sabão.
- Após lavar a máscara, a pessoa deve higienizar as mãos com água e sabão.
- A máscara deve estar seca para sua reutilização.
- Após secagem da máscara utilize o com ferro quente e acondicionar em saco plástico.
- Trocar a máscara sempre que apresentar sujidades ou umidade.
- Descartar a máscara sempre que apresentar sinais de deterioração ou funcionalidade comprometida.
- Ao sinal de desgaste da máscara deve ser inutilizada e nova máscara deve ser feita.
Assessoria de Comunicação / PMRG