O bairro centenário do município do Rio Grande, Getúlio Vargas (BGV) tem se destacado no combate à pandemia com ações de prevenção à Covid-19. São iniciativas espontâneas das lideranças locais e muitas em parceria com a Prefeitura e outros setores da economia. Os resultados são vistos nos números: até sábado (13), havia apenas dois registros confirmados de pessoas com a doença no bairro.
Para fortalecer as políticas de enfrentamento à pandemia no BGV, a Prefeitura vai abrir uma nova Unidade Básica de Estratégia Saúde da Família (UBESF), que deve começar a funcionar até o final da próxima semana no BGV II, conforme antecipou o secretário da Saúde, Maicon Lemos, neste final de semana. A UBESF estará funcionando na Rua Dom Pedro II, 225 – acesso pela rua lateral – e vai contar com uma equipe composta por 3 (três) enfermeiras 1 (um) médico e 2 (dois) técnicos de Enfermagem. O funcionamento será das 8h da manhã ao meio-dia e das 13h às 17h, explica a coordenadora do Estratégia Saúde da Família (ESF) da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura, Renata Manke.
A previsão é de que uma equipe atenda em média 2.500 e até 4.000 pessoas. “Uma equipe completa já está composta e uma nova equipe está em formação, já tendo em sua composição uma enfermeira e um técnico de Enfermagem”, cita Renata. “O atendimento na UBESF será por acolhimento, ou seja, 70% para casos sintomáticos de pessoas com problemas respiratórios e suspeitos para Covid-19 e 30% para demandas programadas na Unidade, como pre-natal, puericultura e outras consultas agendadas. Será beneficiada a população mais vulnerável da região”, explica a coordenadora. Para o secretário Maicon Lemos, “as atividades desta nova Unidade do BGV II vão oportunizar mais um espaço de Saúde potente para comunidade”.
BGV sem Contaminação
A instalação da UBESF pode ser considerada como mais uma ação dentro do atendimento previsto à população do bairro pela Prefeitura. O Executivo Municipal também integra o projeto BGV sem Contaminação, construído a partir da linguagem cultural e de estratégias de apoio comunitárias, integrando UBSF, AMABGV (Associação dos Moradores do Bairro Getúlio Vargas), BGV Rolezinhos e a Superintendência do Porto, FURG, diversas empresas e, mais recentemente, o IFSUL.
Conforme o secretário Maicon Lemos, as atividades desenvolvidas dentro do projeto BGV Sem Contaminação fazem parte de uma ação intersetorial exitosa da Prefeitura que promove, em conjunto com a comunidade, a importância do autocuidado aliada às orientações de prevenção sobre a Covid-19. “A consciência e o cumprimento das medidas preventivas sobre a Covid-19 promovem e garantem uma redução significativa na taxa de transmissão da doença. Nossas equipes multiprofissionais e da Unidade de Saúde do BGV estão, conjuntamente, envolvidas em prol dessa ação intersetorial”, avalia o secretário.
O projeto “BGV sem contaminação” tem duas frentes de ação: uma de sensibilização comunitária e outra de assistência direta aos moradores em situações de vulnerabilidade social. A primeira comporta um trabalho de conscientização, por meio da música, produção de vídeos e outros conteúdos para serem compartilhados por redes digitais. A segunda frente é a distribuição de produtos de higiene, limpeza e cestas de alimentos para as pessoas mais necessitadas por estas formas de auxílio na comunidade.
Escolha democrática
Uma campanha para escolha do nome da nova unidade de Saúde no BGV II foi lançada por meio de um vídeo, no qual é divulgado o endereço do prédio. A campanha é realizada numa parceria da AMABGV com o Conselho Local de Saúde.
Alguns números
A coordenação do BGV sem Contaminação é coletiva. Participam a AMABGV, BGV Rolezinhos e Conselho Local de Saúde. O BGV Rolezinhos facilita a organização dos registros das ações na linguagem institucional e a produção de vídeos na busca da rede de lideranças culturais e comunitárias que se manifestam sobre a prevenção ao novo coronavírus.
Alisson Saggiomo integra a coordenação do BGV Rolezinhos e cita que, entre várias atividades programadas no projeto BGV sem Contaminação está a entrega de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social. Foram entregues 1.000 (mil) cestas, incluindo aquelas destinadas para famílias cadastradas no CadÚnico e que estavam sob a responsabilidade da Secretaria de Município da Cidadania e Assistência Social (SMCAS) e da Defesa Civil Municipal. Também é possível receber uma máscara se doar algum tipo de alimento.
A confecção de máscaras BGV e sua distribuição para profissionais da UBSF e usuários do SUS é outra atividade. Neste período foram confeccionadas 800 unidades. O grupo de artesanato da UBSF confecciona e a compra do material se dá pelo próprio recurso do grupo (oriundo da venda de artesanato) e de um “vaquinha” feita pela equipe. Outras 300 máscaras foram doadas pelo IFSUL e 200 moldes foram doados como material para confecção de novas máscaras.
Entre as doações de alimentos pela comunidade e cestas doadas por empresas, 450 cestas básicas e em torno de 150 materiais de higiene e limpeza foram entregues a comunidade.
O projeto BGV sem Contaminação proporciona, ainda, a geração de renda para costureiras do bairro com a confecção de máscaras. Quinhentas (500) unidades foram produzidas. Neste caso, há o apoio financeiro da SAGRES e a mediação da FURG para a aquisição do material e pagamento do trabalho das costureiras. A distribuição das máscaras é realizada pelas Agentes Comunitárias de Saúde para as famílias prioritárias. Dentro do projeto, houve, também, a doação de máscaras (200 unidades) e materiais cortados (200) para a confecção de novas unidades para a AMABGV.
Assessoria de Comunicação PMRG