Durante este período de pandemia, é importante que todas as pessoas estejam atentas e cumpram as medidas de prevenção recomendadas pelos órgãos de saúde para diminuir a possibilidade de transmissão do vírus. Para pessoas deficientes, alguns cuidados extras podem ser necessários. A Coordenadora do Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva (NUMESC), Carliuza Oriente Luna, reforça, entretanto, que ser deficiente não significa ter, necessariamente, maior vulnerabilidade ao Coronavírus, mas é preciso saber de suas condições de saúde. “ É importante que todos saibam se estão enquadrados no grupo de risco, que são aqueles que tem restrições respiratórias, dificuldades nos cuidados pessoais, condições autoimunes, idade acima de 60 anos, em tratamento ao câncer ou outras doenças associadas, como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas, pulmonares, renais e neurológicas”, afirmou. Ela também explicou quais outros cuidados podem ser necessários para casos específicos.
Cadeirantes e pessoas que necessitam auxílio para mobilidade
Devem estar sempre atentos e deverão realizar higienização das mãos e de todos os materiais com maior frequência. Também é importante evitar o contato físico e higienizar com álcool 70% objetos utilizados para a locomoção, como o aro de impulsão da cadeira de rodas, joystick, órteses, próteses. O mesmo vale para bengalas, muletas, andadores e similares.
Deficientes visuais
Aos deficientes visuais que utilizam o tato como o sentido mais explorado, orienta-se que as mãos sejam higienizadas com maior frequências, principalmente após tocar em mapas táteis, corrimãos, bengalas, maçanetas entre outros objetos de uso comum. Também é importante o cuidado ao receber ajuda, como quando segurar no ombro para deslocamento. É recomendável evitar tocar nas mãos ou cotovelos de quem estiver guiando.
Pessoas que necessitam de ventilação mecânica e traqueostomia
Precisam ter muito cuidado com a higienização dos equipamentos e o traqueostomizado deverá utilizar uma máscara que irá cobrir nariz e boca e outra máscara para cobrir a traqueostomia. A principal indicação é o isolamento social, devendo trocar a traqueostomia somente quando indicado e redobrar a higiene das mãos.
Deficientes auditivos
Devem evitar tocar no rosto durante a conversação, principalmente se as mãos não tiverem sido higienizadas. Para aqueles que se comunicam usando o contato físico é necessário cuidado redobrado com a higienização das mãos e antebraços.
Outros cuidados específicos
Carliuza também recomenta não descuidar ou interromper tratamentos contínuos, e dialogar com o profissional de saúde para esclarecer dúvidas sobre a validade ampliada de sua receita de uso contínuo. Além disso, ela destaca que cuidadores e familiares também precisam estar atentos com sua higienização, principalmente ao retornarem da rua.
Medidas gerais de prevenção
Carliuza ainda fez uma série de recomendações de medidas de prevenção, que devem ser adotadas por todos e todas:
- Higienizar corretamente as mãos com água e sabão ou álcool 70%;
- Evitar tocar nos olhos, boca e nariz com as mãos não lavada;
- Evitar idas ao hospital quando não for urgente, assim como para fisioterapias ou atividades com equipamentos de uso comum;
- Evitar sair de casa. Se for necessário sair, deve-se adotar uma rotina que possibilite um horário de menor trânsito de pessoas, como nos transportes públicos, por exemplo;
- Evitar aglomerações;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Se estiver doente, evitar contato físico com outras pessoas;
- Procurar ter um sono reparador, uma alimentação equilibrada e fazer atividade física passível de não exposição, evitando o sedentarismo;
- Ficar atento aos sinais de alerta: febre, tosse, dificuldade respiratória. Nestes casos, procurar uma unidade de saúde.
Assessoria de Comunicação ; PMRG