O projeto da Caixa de Esterilização Total para máscaras é uma parceria entre o IFRS Campus Rio Grande e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), os testes biológicos iniciam nesta semana indo até o dia 31 de julho e devem ser finalizados pelas professoras Ana Votto (Instituto de Ciências Biológicas, FURG) e Daniela Fernandes Ramos (Faculdade de Medicina, FURG).
Além das professoras, participam deste projeto os professores Marcelo Moraes Galarça e Anderson Favero Porte (Engenharia-IFRS); Paulo Drews (Centro de Ciências Computacionais – FURG) e os alunos Gabriel Alves de Souza e Lohanna Nunes Jerônimo (Eng. de Automação – FURG); Roger da Rosa Costa (Eng. Mecânica – IFRS).
A caixa de esterilização total, suporta até 6 máscaras N95, fixadas na grade central (removível/deslizante). Pelo fato da radiação UV-C ser extremamente nociva ao ser humano, as lâmpadas (seis, de 15W) apenas ligam quando a porta está fechada (dispositivo de segurança). Existem sensores internos à caixa, dispostos de maneira estratégica os quais fazem a leitura da quantidade de radiação no interior da caixa. Após a dosagem ter sido atingida, as lâmpadas são desligadas e um exaustor é acionado, pois o oxigênio ionizado no interior da caixa gera ozônio. O processo de esterilização leva de 50 – 55 min..
Os testes de radiação, bem como a construção, foram feitos no Oceantec-FURG. Os testes biológicos serão feitos no ICB (Instituto de Ciências Biológicas) da FURG.
Saiba um pouco mais sobre o projeto:
Os projetos envolvendo aplicação ultravioleta-C tiveram início das discussões em meados de abril. Na ocasião, a ideia inicial era de se produzir um Rodo com luzes UV-C, semelhante aos modelos que estavam sendo desenvolvidos pelo país. Porém, tanto com relação ao SARS-CoV2 quanto com a aplicação de UV-C na descontaminação deste, eram necessárias muitas informações, das quais boa parte ainda estavam sendo desvendadas pela comunidade científica do mundo inteiro.
Primeiramente foi feito um estudo teórico detalhado a respeito do comportamento da radiação UV-C emitida por lâmpadas, por todo o corpo de professores envolvidos. Sabia-se que a radiação ultravioleta considerada germicida está dentro da faixa do comprimento de onda entre 280 – 100 nm, sendo 254 nm o comprimento ideal para tal aplicação. A partir do modelo teórico, testes em laboratório foram feitos para verificação. Neste momento, o departamento de física da UFSM (parceira no projeto do Rodo UV-C), divulgou alguns dados em relação a uma caixa de Esterilização a qual estavam trabalhando. Nos foram enviados o código base para Arduino e alguns artigos instruindo a respeito da manipulação de sensores para UV-C.
Assim, a Caixa de Esterilização Total passou a ser desenvolvida em paralelo ao Rodo. As principais dificuldades encontradas estão a cargo das informações a respeito do comportamento biológico do SARS-CoV2. Existem muitas fontes com divergentes resultados a respeito das dosagens radiantes necessárias para a inativação do vírus. Após um extensivo estudo na literatura, bem como com o surgimento de orientações mais conclusivas publicadas pela CDC (Centers of Desease Control and Prevention), pudemos finalizar o código de comando da caixa e realizar os testes de radiação. O móvel foi feito pela marcenaria da FURG, com base no projeto desenhado pelo aluno Roger da Rosa Costa (Eng. Mecânica, IFRS) sob orientação do Prof. Marcelo M. Galarça. O sistema elétrico, programação Arduino e calibração, foram feitos pelos alunos Gabriel Alves de Souza e Lohanna Nunes Jerônimo (Eng. de Automação, FURG) sob orientação dos professores Paulo Drews e Marcelo M. Galarça.
Nem o Rodo nem a Caixa tem como propósito somente atender ao período pandêmico. Sabe-se que a infecção hospitalar é um problema que há muito já existe em ambientes hospitalares. Ambos os equipamentos tem boa recomendação de uso contínuo mesmo fora deste cenário de pandemia.
Maiores informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo contato: marcelo.galarca@riogrande.ifrs.edu.br
Assessoria de Comunicação ; IFRS RG