A pesquisa que estima a proporção de casos de coronavírus na população gaúcha inicia a sexta rodada de testes rápidos e entrevistas em nove cidades do estado a partir deste sábado (25). O funcionamento do estudo segue a mesma metodologia das etapas anteriores. Nos dias 25, 26 e 27 de julho, profissionais voluntários da área de saúde, sob orientação do Instituto de Pesquisa e Opinião (IPO), vão visitar quinhentas residências e convidar os moradores, em cada cidade, a fazer o teste rápido para o coronavírus, seguido de uma breve entrevista sobre ocorrência de sintomas, busca por assistência médica e rotina das famílias em relação às medidas de distanciamento social.
O estudo Evolução da Prevalência de Infecção por Coronavírus no RS (Epicovid19-RS), coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) a partir de parceria com o Governo do Estado, mapeia os casos de coronavírus e avalia a velocidade de expansão do contágio na população gaúcha.
“O diferencial do estudo é realizar esse levantamento global, incluindo pessoas sem sintomas, e observar as mesmas cidades ao longo do tempo. A sexta etapa vai nos permitir conhecer a realidade do avanço do coronavírus nas diferentes regiões, neste momento de aceleração de casos e internações no estado”, diz a epidemiologista Mariângela Freitas da Silveira, que participa da coordenação do estudo na UFPel.
Ao todo, 4,5 mil pessoas serão entrevistas e testadas nas cidades de Pelotas, Uruguaiana, Santa Maria, Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul. Em cada município, a seleção das residências e dos moradores ocorre por meio de um sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base. Para a realização do exame, os entrevistadores coletam uma gota de sangue da ponta do dedo do participante. A amostra é analisada pelo aparelho de testes em aproximadamente 15 minutos.
A pesquisa tem apoio das secretarias de saúde e dos órgãos de segurança dos municípios. Em caso de dúvida, os participantes podem entrar em contato com a Guarda Municipal ou Brigada Militar para obter informações sobre as visitas às casas.
Além da etapa deste fim de semana, o cronograma prevê mais duas rodadas: a sétima deve acontecer de 22 a 24 de agosto, e a oitava, de 26 a 28 de setembro. “As datas vão depender da prevalência que encontrarmos na atual fase. Se os percentuais ficarem acima de 1%, o intervalo entre as coletas será de três semanas; se ultrapassar 5%, reduzimos para duas semanas”, explica a coordenadora.
O estudo envolve uma rede de doze universidades públicas e privadas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana); Universidade de Caxias do Sul (UCS); IMED e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade La Salle (Unilasalle).
Os financiadores do projeto são a Unimed Porto Alegre, o Instituto Cultural Floresta, também da capital, e o Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro.
Os resultados são divulgados por integrantes da coordenação do estudo e do Governo do RS em aproximadamente 48 horas após a finalização da coleta de dados.
Assessoria de Comunicaçãao / UFPEL