Desde julho de 2020, o Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), disponibiliza novos exames para diagnóstico de infecções fúngicas graves. Os exames são resultados da parceria entre o Laboratório de Análises Clínicas e Patológicas do HU-Furg e o Laboratório de Micologia da Faculdade de Medicina (FaMed/Furg) e já estão sendo realizados de forma sistemática para pacientes do Hospital.
Os exames disponibilizados são do tipo sorológico que detecta os anticorpos (proteínas que atuam na defesa do organismo, de modo a tentar inativar ou destruir um antígeno) e teste rápido para detecção de antígeno Aspergillus Galactomannan LFA (molécula que reage com o anticorpo). Os testes dão mais agilidade no diagnóstico e maior detecção (aumento da sensibilidade) de doenças oportunistas como Aspergilose e Histoplasmose - doenças infecciosas que ocorrem principalmente nos pulmões. Essas doenças são potencialmente fatais e acometem pacientes debilitados, incluindo os relacionados ao contexto atual da infecção pelo SARS-Cov2.
A prestação do serviço de diagnóstico micológico, realizada por esta parceria entre FaMed e HU-Furg desde 2010, tem sido constantemente aprimorada, resultando em incremento significativo na confirmação de casos nos últimos anos. Os laboratórios são liderados por Melissa Xavier (Laboratório de Micologia da FaMed) e Leandre Carmem Wilot (Laboratório de Análises Clínicas e Patológicas do HU-Furg). São ofertados exames micológicos clássicos (microscopia e cultura) para fungos causadores de doenças cutâneas e sistêmicas (respiratórias, neurológicas e sepse); testes de sensibilidade a antifúngicos; mais recentemente, para a detecção de anticorpo para Aspergillus e Histoplasma; e de antígenos para diagnóstico de criptococose e de aspergilose invasiva.
Até o final deste ano, serão ofertados outros tipos de exames: um para detecção de anticorpos para diagnóstico da paracoccidioidomicose e da esporotricose e, o outro, para diagnóstico molecular de doenças fúngicas graves como o PCR para pneumocistose – infecção oportunista mais prevalentes em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV).
Assessoria de Comunicação - FURG
