Em agosto, a expectativa de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 4,3%, um mínimo histórico após queda de 0,2 ponto percentual. Na comparação com agosto de 2019, a queda foi de 0,8 ponto percentual.
O indicador foi divulgado hoje (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O máximo histórico do índice foi atingido em fevereiro de 2016: 11,4%.
Segundo a economista Renata de Mello Franco, do IBGE, a queda na expectativa ocorreu mesmo com o aumento dos preços percebidos na gasolina e na energia elétrica.
“Apesar da pressão de alguns preços em agosto, como gasolina e energia elétrica, os consumidores continuam otimistas em relação às perspectivas de inflação para os próximos doze meses. Isso sugere que o cenário de atividade econômica deprimida, aliado às baixas expectativas do mercado, continua exercendo forte influência nas expectativas dos consumidores, levando a novos mínimos históricos”, finalizou.
Inflação abaixo da meta
A pesquisa mostrou que 57,5% dos consumidores projetaram valores para a inflação abaixo da meta do governo para 2020, que é de 4%. Já a proporção de consumidores que fizeram a projeção acima do limite superior da meta, de 5,5%, caiu 1,8 ponto percentual, passando de 30,1% para 28,3%.
Por faixa de renda, a expectativa diminuiu mais entre os consumidores de menor poder aquisitivo, com a maior variação observada nas famílias com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. Nesta faixa, a expectativa de inflação para os próximos 12 meses caiu 0,4 ponto percentual, passando de 5,3% em julho para 4,9%.
Para as famílias com renda superior a R$ 9,6 mil, a queda foi de 0,1 ponto percentual, ficando em 3,5%.
Agência EBC