Estado aponta quais rodovias terão prioridade para receber investimentos de R$ 220 milhões
Politica
Publicado em 06/02/2020

Valor representa acréscimo de 29% em relação ao aplicado na área em 2019

 

O governo do Rio Grande do Sul promete investir R$ 220 milhões na recuperação em rodovias estaduais ao longo de 2020. Com isso, a utilização de recursos do caixa próprio crescerá 29% frente a 2019, quando foram aportados R$ 170 milhões. Em evento realizado na manhã desta quinta-feira (6), a Secretaria de Logística e Transportes detalhou o plano de obras para o ano.

 

Entre as prioridades estão a recuperação da RS-168, no trecho entre Santiago e Bossoroca, da RS-165, entre Rolador e Cerro Largo, e da RS-377, entre Capão do Cipó e Santa Tecla. Além disso, a pasta promete entregar a duplicação da RS-118, na Região Metropolitana, até dezembro. Para financiar a obra, o governo havia buscado R$ 131 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) no ano passado. Em 2020, o Estado realizará uma contrapartida de R$ 33 milhões.

 

- A RS-118 é uma obra complexa e é difícil precisar uma data de entrega, mas ela ocorrerá até o final do ano - garante Luciano Faustino, diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

Ainda devem ser concluídos 10 acessos asfálticos em municípios do Interior até o final do ano. O primeiro, entre Caraá e Santo Antônio da Patrulha, foi entregue neste mês. Outros pontos com previsão de investimentos neste ano são Santo Antônio do Palma, São José do Hortêncio, Muliterno, Guabiju - São Jorge, Carlos Gomes, Boqueirão do Leão, Cândido Godói, Sério e Sertão Santana. Com isso, faltariam ainda 52 trechos.

No primeiro semestre, o Estado deve lançar editais de concessão de rodovias, avaliados em R$ 3,3 bilhões. O objetivo é atrair investidores interessados em assumir a RSC-287, entre Tabaí e Santa Maria, e a RS-324, entre Passo Fundo e Nova Prata. 

Segundo o secretário de Transportes e Logística, Juvir Costella, o preço do pedágio nas praças hoje geridas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) deve baixar conforme elas sejam repassadas aos novos administradores.

- Muitos pedágios terão custo menor do que hoje é cobrado pela EGR. Quando tu tens a concorrência, a disputa acaba fazendo com que se reduza. Quando tu tens mais empresas participando (do mercado), tu tens uma redução. Por isso que acredito que na maioria das praças pode e deverá haver (recuo nos valores cobrados).

A transferência da gestão à iniciativa privada tende a acelerar o processo de extinção da EGR. Costella destaca que o objetivo é extinguir a companhia até o final do governo Eduardo Leite.

Portos e aeroportos 

Em 2020, o aeroporto regional de Passo Fundo terá R$ 44 milhões para investimentos em ampliação. Os recursos foram obtidos junto à Secretaria de Aviação Civil do governo federal. A meta, segundo o governo estadual, é também buscar recursos para o terminal de Santo Ângelo, onde já foram investidos R$ 900 mil na criação do projeto das melhorias. 

Em relação ao transporte hidroviário, um dos objetivos no ano é mudar o status jurídico do porto de Rio Grande. O terminal deixaria de ser autarquia para se transformar em empresa pública, mesmo formato hoje adotado pela EGR. O superintendente dos portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, aponta que o projeto está na fase final de redação e deve ser encaminhado para a Casa Civil nas próximas semanas.  

 

- Isso fará com que o faturamento não caia no caixa único do Estado e tenhamos  autonomia maior para investir – ressalta.  

 

Acessoria de Imprensa/GaúchaZH

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